segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Serie "Que falem os primeiros Cristãos!" Aborto um problema muito anterior ao Século XXI!



Como os casais de hoje, os casais romanos tinham o problema da gravidez não planejada. Faltando os métodos modernos de “planejamento familiar”, tinham três maneiras de tratar com o problema: às vezes estrangulavam o menino recém-nascidos, as vezes o abandonavam na rua (onde ou morria ou era recolhido para ser criado como escravo), e as vezes praticavam o aborto. Ao invés do que você possa ter pensado o aborto não é invento do século vinte. O bacharel cristão Félix repreendeu aos romanos, dizendo:
“Há mulheres entre vocês que tomam uma poção especial para matar ao futuro humano que levam em seu ventre, assim cometendo homicídio ainda antes de dar a luz.”
Ainda que os romanos aceitassem o aborto como prática moral e civilizada, os primeiros cristãos o opunham vigorosamente. Quando alguns romanos levantaram a acusação absurda que os primeiros cristãos matavam e comiam os meninos em suas cerimônias religiosas, Atenágoras, um apologista cristão que escreveu no ano 170, contestou estas acusações com as seguintes palavras:
“Quando dizemos que aquelas mulheres que usam as poções para causar o aborto são homicidas e terão que prestar contas a Deus por seu ato, como seria possível que matássemos [aos infantes]? Seria insensatez que disséssemos que o menino na matriz é criação de Deus, e, portanto objeto do cuidado de Deus, e depois que nasça o matássemos.”

Tertuliano o explicou aos romanos assim:

“Em nosso caso, já que proibimos o homicídio em qualquer forma, não podemos destruir nem sequer ao menino na matriz… Impedir que nasça um menino é somente uma forma de matar. Não há diferença se mata a vida do que nasceu já, ou se mata a vida do que não nasceu ainda.”

 Admiravelmente, os cristãos evangélicos de hoje geralmente se opuseram ao aborto bem como os primeiros cristãos. Espero que nossa posição não dependa de nossa cultura, mas não sei se assim será. O povo conservador da sociedade americana não aceitou o aborto ainda; os legisladores e os juízes conservadores se opõem ao aborto. Mas se sua posição mudar, seguiremos nós o mesmo? No momento parece impossível que os evangélicos mudem sua atitude para com o aborto. Mas há um século, quem teria imaginado que o divórcio seria aceito nas igrejas evangélicas?

Fonte: Que falem os primeiros cristãos pagina 31 e 32. 

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